E sábado foi, finalmente, minha estréia como diretora artística do Ayuny. Quando comprei o estúdio, já tinha nas mãos a primeira bomba: show tradicionalmente no meio do ano, mas nenhum teatro havia sido agendado. Correria, angústia, falta de pauta em praticamente todos os espaços da cidade. Encontrei um lugar bacana, em um espaço cultural público, mas sem palco. Era um teatro-galpão. Agendei e talz, mas depois, pesando os custos da decoração e o choque das professoras em não dançar em palco, fui à caça de outro espaço. Aaaah, a Aliança Francesa. Tudo bonitinho, atendimento nota 10, preço acessível. Bora nessa!
Pensei assim: legal, o lugar é pequeno e, como é meio de ano, poucas turmas participarão e teremos uma audiência razoável. Qual nada: na primeira semana esgotaram-se os ingressos. Pânico. Tinha aluna ainda sem ingresso para a família. Única solução: fazer duas sessões. Lotou também, mas todas as alunas compraram os ingressos que queriam. Ufa-lhes.
Trabalheira também para negociar com técnicos, fotógrafo, cinegrafista. Resolvendo mil probleminhas, dos mais bestas aos mais complexos – tipo arrumar, de última hora, a iluminação e comprar salgadinhos para o lanche das meninas no intervalo, entre outras chateações necessárias. Chegou o dia. Às 13:00, passagem de palco e teste de som. O som estava uma meeeerde e o moço prometeu arrumar. O fotógrafo eliminou qualquer possibilidade de semi-escuridão para candelabro e vela. Fon. A primeira sessão começaria às 19:00 e às quatro da tarde eu ainda estava descabelada, unhas ao natural e com o pé sujo. A sorte foi que a Martinha, nossa amada Mahleeeene, mora ao lado da Aliança e me abrigou e fez uma escova ninja.
Chegada para a apresentação, desespero inicial por qualquer coisa. O som? Melhorou, mas, ainda assim, foi um ponto fraco do show. Emoção ao ver a coisa acontecendo, mais emoção ainda ao ver minhas alunas dançando perfeitamente a coreografia feita por mim. Dancei, por fim, uma coreografia requentada, pois não consegui arranjar tempo para compor minha própria coreo. Mas acho que ficou muito bom. Sei lá por que, me senti muito à vontade sobre aquele palco. E eu estava com roupa de duas peças, coisa raríssima, que não acontecia há anos. Resolvi assumir o pânceps e o resultado foi um chega-pra-lá na timidez. Fui bem mesmo. Dancei melhor na primeira sessão. Na segunda, perdi o equilíbrio em um dos momentos mais bacanas da coreo, além de repetido muitos passos e tremido em horas em que poderia ter feito algumas firulas legais, mas acho que nem todo mundo percebeu.
Por fim, a média de qualidade dos shows foi bem alta. Acho que nunca tinha visto um show tão equilibrado. Teve novidades, como o tribal da Ana Luiza e um fusion de suas alunas avançadas, tipo Chicago. E um baladi fora de série da Luara.
Foi tudo tão perfeitinho, tão bem encaminhado, que quase duvidei de que eu mesma tinha organizado aquilo.
^_^
P.S.: Pessoal, muito obrigada pelas mensagens de apoio pela Mignone. Obrigada mesmo.
=^_^=
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